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A 7ª edição do Fundinho Festival valoriza tradições culturais de Uberlândia

  • Foto do escritor: Caio Alves
    Caio Alves
  • 14 de set. de 2023
  • 5 min de leitura

Atualizado: 15 de set. de 2023

Com atrações majoritariamente locais, o evento gratuito de jazz e blues ocorrerá neste sábado (16) e promete 12 horas ininterruptas de música e gastronomia



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Há 7 anos o evento valoriza a cena musical e bairro uberlandenses | Foto: Reprodução/Site Fundinho Festival

Na ativa desde 2017, o Fundinho Festival, clássico evento que leva a alcunha de um dos bairros mais históricos do município de Uberlândia, chega à sua sétima edição comemorando os 135 anos da cidade e trazendo novidades ao fiel público, com destaque à estreia do BLUESCONGADAJAZZ, um show que reúne estilos de matrizes africanas.


Realizada pelo Moinho Cultural, tal reverência gratuita e aberta ao público acontecerá na Praça Coronel Carneiro, no Bairro Fundinho, das 10h da manhã às 22h da noite, e contará com nove atrações, sendo seis delas inéditas. Além da música, o evento contará, do início ao fim, com uma vila gastronômica para os mais diversificados gostos: cervejas artesanais, vinhos, espumantes, hambúrgueres, pastéis, sushis, costelada, camarões e outras opções.




A história do Fundinho Festival


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Guitar Slim Jr. esteve na 1ª edição do evento, em 2017 | Foto: Reprodução/Site Fundinho Festival

Muitos historiadores apontam o Fundinho como o ponto de surgimento de Uberlândia, apesar de outros estudiosos darem tal título ao bairro Patrimônio de Nossa Senhora da Abadia. O fato é que aquele é referência quando se fala de cultura, gastronomia e patrimônios históricos, a exemplo da Igreja Nossa Senhora do Rosário e da Festa do Congado (patrimônio cultural imaterial da cidade).


Até meados dos anos 1990, era comum escutar os improvisos dos jazzistas uberlandenses pelos bares do bairro Fundinho, afinal, lhes era dado um espaço maior para tal prática artística. Em estabelecimentos como o antigo Dom Giuseppe Ristorante (hoje Bella Sicilia Ristorante) e o Public (hoje Ópera Bar) se tinha, naquela época, as chamadas segunda jazz e terça jazz. “Os shows tinham este nome devido as agendas cheias de fim de semana dos músicos que tocavam jazz, já que eles também compunham bandas de outros estilos mais convencionais, a exemplo do pagode”, explica Marcelo Mamede, um dos criadores do Fundinho Festival.


Com o advento e sucesso de outros estilos musicais, o jazz foi perdendo sua área nos restaurantes, até o momento em que uma ideia a qual vinha sendo matutada desde 2014 se concretiza: a primeira edição, em 2017, do Fundinho Festival – Jazz e Blues. Com um público total de 10 mil pessoas nos dois dias de evento, ficou provada a boa recepção dos moradores de Uberlândia e região em relação a esses estilos. Na visão de Mamede, um dos idealizadores e organizadores dessa festa de sons, o sucesso do espetáculo fez com que os bares da cidade voltassem a incluir com mais assiduidade o jazz e o blues em suas programações, já que se percebeu o prestígio e a existência de um público apreciador desses estilos.


Desde sua primeira edição, grandes nomes passaram pelos palcos da festança de harmonias: Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, Rosa Marya Colin, Hamilton Faria, Victor Biglione, Guitar Slim Jr., Di Stéffano, André Youssef, Arismar do Espírito Santo, entre muitos outros. Visando ampliar o horizonte de possibilidades sonoras do Fundinho Festival, Mamede considera, junto dos outros organizadores, retirar o recorte “Jazz e Blues” do nome do evento, mudança que o deixaria livre a outros gêneros, facilitando a valorização da arte e de todas as suas pluralidades.


Confira agora a programação completa da edição de 2023:


  • 10h – Merece uma agulha – Discotecagem em vinil (UDI)


Abrindo a programação pela segunda vez consecutiva, o merece uma agulha é realizado pelo cofundador do Fundinho Festival e tocador de discos Marcus Tulius, que busca valorizar o álbum musical, sobretudo em formato de Long Play (LP). Tulius também fará o som ecoar entre as apresentações das bandas, garantindo o não cessar de melodias.


  • 12h – Allsiders Blues Band (UDI)


Criada em outubro de 2022, a banda uberlandense de blues carrega influências do soul e do rock e faz releituras de clássicos do gênero precursor de tantos outros. Os integrantes Edu Benson (bateria), Francis Miranda (vocais), Moreno Junqueira (guitarra) e Pedro Negreto (baixo) contarão com a participação especial de Mateus Morbeck (teclado) em sua primeira participação no Fundinho Festival.


  • 13h30 – Tim Fernandes Quarteto (UDI)


Levando o aconchego da música instrumental a diversos espaços culturais de Uberlândia, Uberaba, Araxá e região, a atração inédita é liderada desde 2014 pelo saxofonista Tim Fernandes, que conta com o som dos amigos Cícerus Cajuzinho (bateria), Eduardo Coelho (contrabaixo) e Pedro Ferreira (teclado). O repertório do quarteto traz duas composições originais lançadas esse ano, além das interpretações de grandes nomes da música popular.


  • 15h – Funk-se (UDI)


Novidade tanto em termos atrativos quanto em combinação de gêneros musicais, o grupo Funk-se é composto por Isac Commiato (bateria), Matheus Jacob (vocais e guitarra), Paulo Pelako (guitarra) e Pedro Borges (contrabaixo). Formada em 2023, a banda traz um dos shows mais dançantes e ecléticos da programação, na medida em que mistura o funk norte-americano com o soul, o blues e o disco.

  • 16h30 – Black Jack 21 (UDI)


Participante pela terceira vez do Fundinho Festival, a banda de blues Black Jack 21 traz a bagagem de uma carreira de prestígio, já que fez shows nos Estados Unidos e tocou ao lado de nomes como Guitar Slim Jr., Jan Clements, JJ Jackson, Coco Robicheaux, entre outros. O grupo integrado por Maurício Winckler (guitarra e voz), Iuri Resende (contrabaixo e voz), Lukas Simon (guitarra e voz) e Vinicius Silva (bateria) lançou o álbum Por Um Punhado de Blues e o EP True Love Is Not For Sale, ambos em 2021. A banda segue no palco para a atração seguinte.


  • 17h15 – BLUESCONGADA (UDI)


A primeira parte do autêntico show que une blues, congada e jazz contará com a junção entre os dois primeiros ritmos. A Black Jack 21 se junta ao Grupo de Percussionistas da Congada Anderson Alexsander (patangoma), Jeferson Jorge (surdo e patangoma), Maxwel Borges (patangoma e repinique), Wellington Borges (surdo) e William Santos (surdo e patangoma). Os grupos buscarão misturar o peso percussivo da congada com os doze compassos característicos do blues, formando um espetáculo original.


  • 18h30 – Jack Will Trill (UDI)


Também em sua terceira participação no evento, o baterista Jack Will, premiado no 22° Prêmio BDMG Instrumental 2023 (melhor instrumentista), convida o trompetista Fernando Rodovalho e o contrabaixista Sérgio Oliveira a apresentarem um som instrumental que mescla a música afro-brasileira com o jazz fusion, influenciados, sobretudo, pelo cenário jazzístico das décadas de 1950, 1960 e 1970. O trio retorna à próxima atração.


  • 19h15 – CONGADAJAZZ (UDI)


A segunda parte do show de blues, congada e jazz supracitado promete impressionar o público, visto a convergência entre o Jack Will Trill, o Grupo de Percussionistas da Congada e os Capitães de Terno de Congada, este último formado pelas vozes de Claudiomiro Ramos (Moçambique Raízes), Enildon Pereira (Congo Azul e Rosa), Eustáquio Marques (Congo Sainha), Jeferson da Silva (Moçambique Branco) e Jefferson David (Marinheiro de Nossa Senhora do Rosário), além das participações de Douglas Lima, Keila Oliveira e Marina Wiggers. O ousado objetivo é fundir a diversidade rítmica da congada com a experimentação inacabável do jazz.


  • 20h30 – Glau Mineira Quarteto (Uberaba)


O show de encerramento do Fundinho Festival 2023 contará com Glau Mineira, cantora de Uberaba que será acompanhada pelos músicos Alex Almeida (bateria), Ricardo Moraes (baixo) e Samuel Jabez (teclados). O repertório da banda passeia pelo soul, jazz, samba e blues, estilos afro diaspóricos que são irmãos e conversam entre si.


  • 22h – Encerramento


 
 
 

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