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Cantores de todas as partes do mundo se comovem com a morte de George Floyd

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    4Estações
  • 1 de jun. de 2020
  • 5 min de leitura

Atualizado: 2 de jun. de 2020

Manifestações têm ocorrido por todo Estados Unidos desde o último dia 25 de maio e artistas têm se posicionado pessoalmente e através da #BlackLivesMatter


por Maria Julia Araujo


Seis dias atrás o mundo se chocou com a crueldade em que um homem negro, chamado George Floyd, foi assassinado em Minneapolis, Minnesota (EUA). Inicialmente, Floyd foi detido por usar uma nota falsa de U$20,00, quando quatro policiais o abordaram e um deles se ajoelhou em cima de seu pescoço e ali ficou por nove minutos enquanto George falava “I can’t breathe” (eu não consigo respirar). Mesmo com George implorando pela vida e com o descontentamento das pessoas que estavam assistindo aquele ato de desumanidade, pedindo para que o policial saísse de cima do rapaz e checasse seu pulso depois que ele veio a ficar inconsciente, o policial se manteve onde estava até que a vida de Floyd fosse tirada. Após a morte e uma investigação, foi provado que ele foi detido injustamente, pois o dinheiro que estava portando não era falso.


O vídeo do acontecimento foi divulgado nas redes sociais e desde então causou revolta em todo o mundo. Diversas manifestações ocorreram em todo Estados Unidos nesses últimos seis dias e, em meio a tantos manifestos, diversos cantores expressaram sua revolta. Alguns artistas publicaram notas em redes sociais, outros foram pessoalmente manifestar e alguns criaram um projeto e estão ajudando os manifestantes judicialmente, pagando fiança daqueles que foram detidos pela justiça americana.


Com isso, diversos posts de cantores começaram a circular em várias redes sociais. Justin Bieber publicou em seu Instagram com a seguinte legenda: “ISTO DEVE PARAR… isso me deixa absolutamente doente. Isso me deixa com raiva, este homem MORREU. Isso me deixa triste. O racismo é mau e precisamos usar nossa voz! Por favor, pessoal. Sinto muito GEORGE FLOYD”.



Niall Horan publicou em seu Twitter dois tuítes se manifestando: “O racismo é desenfreado há centenas de anos, é que neste século as pessoas têm telefones com câmera para filmar. É absolutamente nojento que você seja maltratado pela causa da cor da sua pele. Você pensa que eles que estão lá para nos proteger, nos protegeriam.”



“BANDIDOS ?? essas pessoas estão protestando contra o fato de que um de seus policiais brancos animalescos se ajoelhou na traqueia de George e o forçou a parar de respirar e o matou. BANDIDOS ???? Você está ouvindo a si mesmo?”, disse o cantor indignado com as pessoas que estavam acusando os manifestantes de serem bandidos.



Os cantores Harry Styles e Katy Perry estão dando assistência jurídica e pagando a fiança de manifestantes que foram presos injustamente por estarem protestando. Em seu Twitter, Harry declarou: “Faço coisas todos os dias sem medo, porque sou privilegiado, e sou privilegiado todos os dias porque sou branco. Não ser racista não basta, devemos ser anti-racistas. A mudança social é promulgada quando uma sociedade se mobiliza. Sou solidário com todos os que protestam.” E continuou: “Estou doando para ajudar a pagar a fiança dos organizadores presos. Olhe para dentro, eduque-se e aos outros. OUÇA, LEIA, COMPARTILHE, DOE e VOTE. JÁ É SUFICIENTE. A VIDA PRETA IMPORTA.”



Katy Perry faz parte do The Bail Project, que se trata também de assistência sob fiança a todos manifestantes que estão sendo detidos.



Já os artistas Lauren Jauregui, Ariana Grande, Shawn Mendes, Melanie Martinez e Luke Hemmings foram pessoalmente se manifestar e pedir por justiça:


Cantores vão até as manifestações pedirem por justiça pela morte de George Floyd | Fonte: Reprodução/Instagram Stories. Montagem: Maria Julia de Araujo




Ainda sobre justiça, um ato marcante foi o do rapper e empresário Jay-Z que usou da sua influência e ligou pessoalmente para o governador de Minnesota. Durante uma entrevista de imprensa realizada neste final de semana, Tim Walz, governador do estado, surpreendeu ao revelar que foi pressionado pelo rapper pelo incidente ocorrido e que conversou com ele por ligação telefônica.


Recebendo uma ligação na noite passada, percebi o quão grande isso era. Do Jay-Z — não do artista internacional, mas do pai – enfatizando a mim que a justiça deve ser cumprida”, afirmou o político e ainda continuou: “foi tão incrivelmente humano. Era um pai – e acho que honestamente um homem negro que conhecia a dor visceral disso. Suas palavras resumiram que a justiça precisa ser cumprida aqui (…)”.



Os atos seguem acontecendo em todos os cantos do planeta e aqui no Brasil, além de cantores, jogadores de futebol, atores e influencers também se manifestaram sobre o assunto.


A cantora Iza publicou uma nota em seu Instagram questionando quanto tempo ainda vai durar todo esse preconceito, se perguntando se quando seus filhos nascerem eles vão passar por tudo que ela passou. Um trecho importante foi o seguinte: “(...) Nós não queremos morrer. Nós, porque quando um de nós morre todos nós morremos. Nos deixem respirar. E que todos os que estão postando sobre os últimos fatos tenebrosos não façam apenas parte de uma corrente e sim entendam que essa luta precisa de todos nós para ser vencida. Todos os dias. Pelo João Pedro, George Floyd, por todos que se foram e por todos que virão.”



Opinião


Todos os dias vidas negras são tiradas sem motivo algum, somente pela cor da pele, esse fato sempre pesou e ainda pesa muito na nossa sociedade. Mesmo estando diferente de alguns anos atrás, ainda está longe de melhorar. O processo é longo e também é lento. Seis dias atrás perdemos George Floyd de uma maneira trágica, mas também perdemos João Pedro aqui no Brasil, que também foi alvo de violência policial, foi assassinado em sua própria casa e depois levado de lá como se não fosse nada; perdemos Ágatha Felix, que foi baleada em uma operação policial; Marcos Vinicius, que estava voltando da escola quando foi baleado pelas costas e suas últimas palavras foram “mãe, acho que eles não viram que eu estava com uniforme da escola”; e tantos outros nomes e outras vidas que poderiam estar aqui se não houvesse um sistema totalmente racista.


Hoje o mundo se revolta com os gritos de George dizendo que não consegue respirar, os gritos dele implorando para ficar vivo, a voz dele que começa alta e vai se perdendo junto de sua vida. Ser negro atualmente, é ser resistência, ser luta, é sair para ir trabalhar todos os dias e torcer para voltar para casa em segurança, porque a qualquer momento podemos ser abordados e tomar 80 tiros “por engano”.


Como já cantava o rapper Djonga, “a cada 23 minutos, morre um jovem negro. E você [que] é negro que nem eu, pretin, não ficaria preocupado?”, e a resposta é: sim, Djonga, nós seguimos preocupados.


Desejamos forças à todos que estão na linha de frente dessa luta e pedimos justiça por George Floyd e por todas as vidas pretas que foram tiradas injustamente.


“Vidas negras importam! Sem justiça, sem paz.”


 
 
 

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