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Entrevista com Edson Denizard

  • Foto do escritor: Túlio Daniel
    Túlio Daniel
  • 1 de nov. de 2018
  • 4 min de leitura

Atualizado: 28 de jul. de 2019


Edson Denizard da Silva, 46 anos, é um cantor de MPB mineiro, natural da cidade de Uberlândia, que já possui 34 anos de carreira e cantou em vários palcos Brasil a fora.


Você iniciou no mundo da música aos 12 anos de idade. Quando você despertou interesse por esse meio artístico?


Desde criancinha. Quando eu era pequeno eu pegava o frasco de desodorante e usava como se fosse um microfone, então eu acho que nasci pra isso. Aos 8 anos eu já comecei a tocar, me interessei pelo violão, tinha um em casa então eu já comecei a pegar e saiu alguma coisa. Sempre tive facilidade pra cantar, sempre fui afinadinho e tal, aí foi consequência, aos 12 anos já estava na noite, tanto que minha mãe teve que assinar um termo de responsabilidade pra eu cantar nas noites.


A sua família possui alguma referência musical?


Sim! Tem uma referência musical fortíssima! Meu avô era violeiro, minha mãe toca acordeom e canta também, então eu tenho essa referência do meu lado materno, tenho até a viola que era do meu avô.


Por qual motivo você escolheu o gênero MPB?


O MPB apareceu na minha vida talvez por causa de uma necessidade, de uma complexidade maior, da interpretação, do canto, do violão... porque eu comecei na verdade cantando sertanejo, aquelas músicas antigas. Meu irmão também é musico e ele é mais velho, então a gente ia nas festas de família, ele cantava MPB pras primas  e eu cantava sertanejo pras tias, então alguma coisa tava errada ali! Disso, comecei a precisar de uma complexidade maior, porque a música sertaneja é uma coisa mais simples, um violão mais simples, um jeito mais simples de cantar. Em busca dessa complexidade, eu acabei chegando no MPB, no samba, na bossa nova, e nesse universo todo que engloba a música popular.

Você já passou por vários palcos e festivais. Qual mais te marcou e qual você acha que foi o auge do seus sonhos, ou você ainda não o atingiu?


O auge foi o maior festival que a gente já ganhou, que foi em 1992, eu e meu irmão com a música sertaneja dele no Festival Nacional do Carrefour. A final foi no Maracanãzinho, lotado de gente. A semifinal foi o maior público para o qual eu já cantei, 50.000 pessoas. Então eu cheguei naquele palco e dei uma tremida nas pernas, era um mar de gente. Nós éramos na semifinal os únicos mineiros representando Minas Gerais em Belo Horizonte. Na hora que a gente chegou o povo já vibrou, já nos aplaudiu, eu assustei com aquilo, mas depois relaxei!


Hoje o mercado da música está bem competitivo, principalmente com o auge do sertanejo universitário e dos outros ritmos que estão surgindo. O que te motiva a continuar compondo?


Eu acho que é a minha necessidade de evoluir comigo mesmo, não é nem com o público talvez.  Eu tenho sempre aquela necessidade de fazer melhor a cada dia, isso nunca acaba na música, é uma coisa eterna.


No seu início de carreira, quais foram os principais desafios e quais continuam até hoje?


O principal desafio é a profissão em si, que é muito difícil. É uma profissão na qual você trabalha na noite, na madrugada e dorme de manhã. Não é um trabalho comum, que as pessoas acordam cedo, vão trabalhar, vão almoçar, depois volta para o trabalho e por fim vão pra casa. Não, não é assim. Por não estar em um escritório, é muito bom, você conhece pessoas novas a cada dia, viaja pra lugares que não conhecia. Eu fui pra Roraima, por exemplo, tocar no SESC de Boa Vista, quatro horas e meia só de voo. Então é muito legal, a música te proporciona isso, coisas que outras profissões não.  No custo-benefício, o benefício é maior.


Você gravou o Hino de Uberlândia como homenagem. Como funcionou e o que isso trouxe a você enquanto morador da cidade?


Eu adorei! O pessoal da Close, que é a produtora que fez os vídeos, falaram que a primeira pessoa que eles pensaram foi em mim, porque eu sou um raro uberlandense, nascido e criado aqui. A maioria das pessoas são de fora e as que são daqui quando “crescem” saem. Então eu sou um uberlandense raro hoje em dia, a maioria é uberlandino, como diria Luiz Fernando Quirino, grande jornalista uberlandense.


Em relação as suas obras, tem alguma que você gosta mais? 


Eu gosto muito de uma música que se chama Aplauso, que diz muito sobre mim. Aquela coisa de o artista estar sempre querendo buscar a fama, aquela coisa segamente? Não. Não quero isso, quero viver dignamente com meu trabalho. Acho que a fama, o reconhecimento, vem como uma consequência de tudo isso, não me preocupo com isso, me preocupo em fazer bem o meu trabalho.


De onde vem suas inspirações? Você tem uma rotina especifica?


Não... Às vezes eu estou passando na rua e vejo uma coisa e que pode virar música, chego em casa correndo, pego o violão... No caminho eu já estou pensando na melodia, na harmonia, que geralmente saem juntas.


Para o final do ano e para 2019, tem alguma novidade surgindo?


Eu estou lançando meu CD. As gravações já estão em fase de masterização e chama Diamante, que vai ser laçado apenas digitalmente, com o show de lançamento. Provavelmente estreia em março do ano que vem.


E pra terminar, possui algum sonho que você já cumpriu?


Dizem que todo homem deve plantar uma árvore, escrever um livro e fazer um filho. Eu tenho dois filhos, já plantei várias árvores e considero meu CD como se fosse o livro, então estou prestes a realizar a missão pela qual estou aqui, mas só um começo dos outros CD’s que virão. 


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Vocês podem seguir o cantor nas redes sociais e na sua página do youtube. Abaixo, segue um vídeo exclusivo feito pela nossa equipe no dia da entrevista com a música Aplauso, citada por ele.


Facebook: https://www.facebook.com/edsondenizardcantor/

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCgNMGpLO_zYlCVHrNG1DQrw



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