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[Opinião] Agora é a vez delas!

  • Foto do escritor: Betina Scaramussa
    Betina Scaramussa
  • 23 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de mai. de 2021

“De quem é essa música? Voz diferente? Eu conheço?”. Provavelmente, artistas das músicas mais reproduzidas no país já devem ter escutado essas perguntas. É que o crescente aumento feminino nos palcos trouxe um novo rumo para o cenário musical brasileiro. Mesmo com o avanço nas paradas de sucesso, mulheres ainda precisam enfrentar aquilo que suga até a voz: o preconceito.


A luta pelo espaço na música teve início em décadas passadas. Chiquinha Gonzaga é um exemplo disso no Brasil. No século XX, a artista enfrentou os limites da época e se tornou a primeira mulher a reger uma orquestra nacionalmente. Chiquinha abriu espaço para suas conterrâneas que marcariam as futuras gerações. Elis Regina, por exemplo, uma das maiores vozes brasileiras, mostrou nos palcos, a força da mulher em ser uma artista que consegue representar o MPB, Jazz e Bossa Nova, tudo ao mesmo tempo.


De lá para cá, muita coisa mudou. Mulheres conquistaram o poder de subir e se destacar nos palcos fora do país. Enfrentando falta de patrocínio e preconceito, isso não as impediu de chegar aonde almejavam. O crescimento feminino na indústria musical é uma consequência da constante busca por espaço.


Seja nos palcos, nos bastidores ou na produção, nós, mulheres, percebemos o potencial de colocar um espetáculo no palco. É o que mostra os dados da União Brasileira de Compositores (UBC). No último levantamento, a instituição constatou que ao comparar os dados atuais com os de 2019, o percentual no cadastro de obras idealizadas por autoras e versionistas aumentou em 12%. Ainda em passos lentos, esse aumento é caracterizado pela representação nas vozes femininas.


A busca por espaço na música ajuda a desconstruir os estereótipos idealizados sobre a mulher. A incapacidade feminina é reforçada nos padrões preconceituosos que ainda existem e reforçam a sociedade desigual brasileira. Artistas precisam ser “aceitas” para fazerem sucesso. Em alguns gêneros musicais ainda é difícil ver mulheres liderando os palcos. Um exemplo disso é o rock. Rita Lee e Pitty são as únicas maiores referências nesse gênero no Brasil.


O preconceito também se instaura no julgamento e na cobrança que são feitas. Corpo perfeito, voz ideal e maquiagem boa. Quantas vezes não escutamos mídias ou comentários sobre determinada artista reafirmando o padrão de perfeição. Se está voltando após o período de licença maternidade, a cobrança é ainda maior. Esses discursos reforçam ainda mais a idealização da mulher perfeita.



Demi Lovato rebateu “Eu sou mais do que meu peso”. Foto: Totateen UOL

Apesar de estarmos evoluindo e tendo cada vez mais participação nas gigantes do streaming, a caminhada ainda é longa. Quebrar padrões é uma das principais afirmações que as mulheres lutam, quando sobem nos palcos ou estão atrás na produção. Já dizia uma artista norte-americana que canta: “Who run the world? Girls!”.


Elas chegaram e foi para ficar!


As opiniões expressas pelos autores pertencem a eles e não refletem necessariamente a opinião do 4Estações.


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