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[Opinião] Zé Ibarra lança segundo álbum de estúdio e se firma como um dos expoentes da nova MPB

  • Foto do escritor: Mateus de Oliveira
    Mateus de Oliveira
  • há 6 dias
  • 3 min de leitura

Artista tem shows com datas marcadas em São Paulo e Rio de Janeiro


Capa do álbum Afim - Foto: Elisa Maciel e design gráfico de Hermes Miranda
Capa do álbum Afim - Foto: Elisa Maciel e design gráfico de Hermes Miranda

Não é de hoje que Zé Ibarra tem impressionado com sua identidade musical. Passando por parcerias de grandes nomes como Milton Nascimento e Gal Costa, o músico carioca vem conquistando espaço na cena musical brasileira. Seu segundo álbum de estúdio, Afim, lançado pela Coala Records no mês passado, mostra um Zé mais maduro e ousado, demonstrando sua ascensão musical. O músico apresenta seu novo álbum dia 18 de julho, no Sesc Pompéia, em São Paulo, e 6 de agosto, no Teatro Riachuelo Rio, no Rio de Janeiro.


Das oito faixas do álbum, duas são de autoria do músico fluminense. Assim como em seu primeiro álbum, Marquês, 265., a maioria das novas canções são interpretações de músicas de outros artistas brasileiros, a exemplo de Retrato de Maria Lúcia, composta pelo músico alagoano Ítallo, e Essa Confusão, de Dora Morelenbaum, parceira de Ibarra no grupo Bala Desejo.


Combinando elementos de jazz, rock progressivo e pop, o álbum apresenta uma confluência de gêneros que mostram a autenticidade e criatividade de um artista que procura sempre reinventar sua própria arte. Sem perder o caráter intimista que já destacava em seu disco anterior, Ibarra cria uma atmosfera sutil e delicada, quando seu violão conversa com o de Lucas Nunes, companheiro de longa data das bandas Dônica e Bala Desejo, em Retrato de Maria Lúcia.


Em Infinito em Nós, canção de autoria do cantor, inicia com o eu lírico expressando o sentimento nutrido por alguém de uma forma intensa que o faz desejar infinitamente essa pessoa. A faixa se constrói em uma narrativa de um amor idealizado e que gera dúvidas ao eu lírico se haveria um ponto final no romance construído. Demonstrando um pouco do olhar sentimental do artista, a faixa abre o disco com um desabafo romântico de Zé.


Relembrando Continuidade dos Parques, álbum de estreia lançado pela banda Dônica, em que Ibarra foi vocalista e pianista, a terceira faixa de seu novo disco, chamada Transe, desenvolve elementos do rock progressivo que estavam presentes no disco lançado há uma década atrás. Na canção, o eu lírico apresenta a angústia da dúvida de um romance incerto e os desdobramentos de um último encontro. A faixa se inicia de forma intimista com voz e violão e logo encanta com o arranjo do violoncelista Jaques Morelenbaum e a construção de um rock progressivo com os baixos de Giordano Gasperin e Frederico Heliodoro, que também contribuiu com as guitarras da faixa. 


Intérprete, mas também responsável pela produção do álbum, Ibarra mostra toda sua autenticidade dedicada ao projeto, fazendo de seu disco quase um retrato da própria identidade. Entre teclados, violões, bateria e guitarra, destaca-se a versatilidade e domínio musical do artista. Não só dele, mas também de toda a banda responsável pelo acabamento final do álbum. Musicistas como Alberto Continentino (baixo), Daniel Conceição e Thomas Harres (bateria e percussão) ajudaram a desenvolver a sonoridade que sustenta a qualidade técnica do álbum.


O álbum tem sido bem recebido pela crítica, sendo visto como um trabalho mais maduro e criativo do músico. “O talentoso artista quebra expectativas e aposta na estranheza e na complexidade”, afirma o jornalista Mauro Ferreira, evidenciando a autenticidade de Ibarra em suas composições. Enquanto para a jornalista Gabriela Matina, “Ibarra reafirma o caráter experimental de sua obra e se afasta da MPB tradicional para explorar novas sonoridades". As diversas críticas que acompanham o novo álbum do músico evidenciam um certo apreço e admiração pelo conjunto da obra.


Afim vem para mostrar a força motora de Zé Ibarra, baseada em sua criatividade e sensibilidade que, às vezes, atravessa o intangível. Sua musicalidade tão ímpar transmite significados e emoções além das palavras, encontrando em seus instrumentais uma subjetividade que transparece o interior de um artista que está sempre se reinventando.


Top 5 do redator:


  1. Retrato de Maria Lúcia

  2. Essa confusão

  3. Hexagrama 28

  4. Morena

  5. Segredo


As opiniões expressas pelos autores pertencem a eles e não refletem necessariamente a opinião do 4Estações.

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