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[Opinião] Laufey e a estética da sofisticação acessível

  • Foto do escritor: Cardan Aleixo
    Cardan Aleixo
  • 25 de ago.
  • 2 min de leitura

Cantora lança seu terceiro álbum e desafia a fronteira entre tradição e streaming


Laufey em cena do clipe Lover Girl | Imagem: Reprodução/Youtube
Laufey em cena do clipe Lover Girl | Imagem: Reprodução/Youtube

Após o sucesso de Bewitched (2023), que garantiu o Grammy de Melhor Álbum Pop Vocal Tradicional, a cantora islandesa-chinesa Laufey, retornou nesta última sexta-feira (22) com seu terceiro álbum, A Matter of Time, trazendo uma mistura entre jazz, música clássica, bossa nova e influências do folk islandês. Aqui, Laufey encontra beleza no tempo que passa e se aprofunda em sentimentos de amadurecimento, insegurança e desilusão, mas sem abrir mão de uma estética que equilibra o requinte do jazz à leveza do pop contemporâneo. 


Para muitos ouvintes, sua música funciona como uma porta de entrada ao jazz, apresentando um “refinamento acessível” que dialoga diretamente com a estética consumida do TikTok e das plataformas de streaming. Ao mesmo tempo, a colaboração de sua irmã gêmea Junia na produção do álbum reforça o tom íntimo e autêntico do trabalho.


Antes do álbum completo, quatro singles já haviam sido liberados: Silver Lining, Tough Luck, Lover Girl e Snow White, aumentando as expectativas e revelando um pouco do que estava por vir. O disco apresenta uma Laufey mais vulnerável e ao mesmo tempo mais irônica. Em Clockwork, por exemplo, ela se diverte com rimas que soam como piada, no bom sentido da palavra, enquanto em Snow White, escancara inseguranças ligadas a padrões de beleza. Essa mistura de confissão e humor dá frescor ao repertório.



A produção, no entanto, pode soar um tanto “polida” para quem espera um jazz mais espontâneo e/ou improvisado, mas isso também faz parte da proposta: tornar um gênero historicamente associado ao “refinado” em algo compartilhável e é justamente nesse equilíbrio, entre elegância e teatralidade, entre drama e leveza, que o álbum encontra sua força.


Na tarde de ontem, Laufey, em seu Instagram, compartilhou um vídeo divertido dançando ao som de uma música inédita, Seems Like Old Times, lançada como faixa bônus para o seu disco, como expressado por ela na postagem, uma surpresa aos fãs. A música reforça o ritmo jazzístico dançante proposto pela cantora.



A Matter of Time confirma Laufey como uma artista capaz de traduzir a estética do jazz para um público jovem sem esvaziá-lo. Sua música é sofisticada, mas não distante. Esse é o seu trunfo: transformar o requinte em linguagem acessível, fazendo do jazz não um museu, mas uma experiência viva, pop e que pode caber em um fone de ouvido. 


Top 5 do redator:


  1. Tough Luck 

  2. Too Little, Too Late 

  3. Cuckoo Ballet - Interlude

  4. Lover Girl 

  5. Castle in Hollywood 


As opiniões expressas pelos autores pertencem a eles e não refletem necessariamente a opinião do 4Estações

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