[Opinião] Lorde retorna com ‘Virgin’ e agrada público dividido após seu último trabalho
- Lucas Ribeiro
- há 6 dias
- 2 min de leitura
Cantora aposta novamente em melodias agitadas, mas com letras reflexivas

Depois de dividir opiniões do público com o álbum Solar Power, a cantora neozelandesa Lorde lançou seu quarto álbum de estúdio, Virgin, produzido por ela em colaboração com Jim-E Stack. Nesse novo trabalho, a artista traz questões mais profundas sobre feminilidade e gênero, descrevendo o disco como “a libertação do corpo.”
Com 11 faixas, as letras falam sobre o fim de seu último relacionamento, a transição para uma nova fase da vida adulta, as complexidades de ser uma mulher e referências íntimas a memórias familiares, com uma sonoridade mais próxima de seu segundo álbum, Melodrama.
Além disso, marca também o fim da parceria entre ela e o produtor Jack Antonoff, com quem trabalhou em Solar Power, projeto que causou um certo distanciamento entre o público que acompanhava o trabalho de Lorde - embora o álbum tenha muito da essência dela nas letras.
O que Virgin faz agora, no entanto, é reconectar com esse DNA de forma mais direta: faixas com batidas mais envolventes que remetem instantaneamente ao estilo criado e apresentado por Lorde nos primeiros anos de carreira.
O primeiro single, What Was That, é bem animado, embora a letra fale sobre o término de uma relação. É uma das melhores canções presentes no álbum que é de fato uma jornada introspectiva e transparente sobre a vida da artista.
No fim das contas, Virgin é uma obra coesa, densa e acessível — um dos trabalhos mais pessoais e, ao mesmo tempo, mais conectados com o que tornou Lorde um fenômeno cultural. Para os fãs que vibraram com Melodrama, essa nova era pode soar como uma volta ao lar, mas é mais do que isso: é um convite a reconhecer a beleza na mudança, a força na vulnerabilidade e a libertação na arte.
Top 5 do redator:
1. Current Affairs
2. Shapeshifter
3. What Was That
4. If She Could See Me Now
5. Broken Glass
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