[Opinião] Lexa: Fênix do pop
- Josias Ribeiro
- 26 de mai. de 2021
- 3 min de leitura
Atualizado: 8 de nov. de 2022
A incrível volta por cima da ‘sapequinha’ que saiu do habitual e se tornou exceção
É comum vermos artistas ascenderem no cenário musical com um grande hit e logo cair no esquecimento. Alguns ainda resistem por mais dois sucessos e um álbum bem colocado nas paradas, mas parece que o tempo no estrelato já começa contado. Uma das maiores artistas do pop/funk do país passou por várias fases na carreira, chegou com bons hits, lançou um disco de sucesso, mas não demorou para a “maldição” atingi-la. Também conhecida como Marrenta, Apimentada, Sapequinha e, logo mais, Taradinha, Lexa entrou no grupo de artistas que viram o sucesso se tornar inatingível por um tempo.
Diante de tantos fenômenos que surgiram na década passada, Lexa conseguiu destaque quando lançou Posso Ser, Para de Marra e Pior Que Sinto Falta. É importante ressaltar, que para uma artista iniciante, crescer com três hits solo é um grande feito. Talvez, essa tenha sido uma faca de dois gumes, pois, dessa maneira, ela não conseguiu sair de seu nicho e alcançar novos públicos.

Não demorou, mas chegou. Mesmo com bons lançamentos, a artista viu o “fogo” do público por seu conteúdo ir diminuindo. Se observarmos numericamente, é possível concordar que os dois anos que se passaram após seu surgimento foram horríveis, nenhum dos lançamento tinha potencial de hit ou qualquer impacto entre o público.
Mas, de helicóptero e com coreografia marcante, a sapequinha desembarcou no “helicentro de pontal” ao lado de Mc Lan com a sua maior música de carreira até hoje. Os números de Sapequinha são impressionantes. Certificada como diamante pela Pró-Música Brasil, a música já atingiu mais de 241 milhões de visualizações no YouTube e quase 100 milhões de streams noSpotify. Não deixando a bola cair, a cantora deu um gostinho do que estava guardado com Provocar, junto com Gloria Groove, e finalizou o EP, apelidado pelo pelo seu fandom como trilogia do funk, com Só depois do carnaval, fechando com chave de ouro uma era de sucessos.
Todos os três lançamentos foram grandiosos e serviram para elevar novamente o nome da artista e o seu peso na indústria. Por curiosidade, todas as três conseguiram ficar ao mesmo tempo no Top 50 das mais tocadas no país do Spotify.
Fazendo diferente da primeira vez que conseguiu emplacar hits, como no início da carreira, dessa vez Lexa não parou e seguiu aumentando sua base de fãs, penetrando novos nichos, seja em parcerias com outros artistas ou em apresentações de programas de TV, como o TVZ, Verão Multishow e, atualmente, No Gás com Just Dance. Além disso, a cantora já tem data marcada para lançar seu documentário Lexa: Mostra Esse Poder, contando um pouco da sua história e os altos e baixos da carreira, pelo Globoplay.
Concluindo e mantendo uma era promissora e marcante, Lexa lançou seu segundo álbum de estúdio, que conta com o sucesso Chama Ela, no qual conseguiu quebrar seu recorde na parada brasileira do Spotify, atingindo o 5º lugar. É importante lembrar que nenhuma música da cantora, em todos esses anos de carreira, foi tão longe nas paradas. Se comparada com a música que é considerada seu maior hit da carreira, a já citada Sapequinha, que atingiu a posição #12, a artista continua provando o seu potencial de ir cada vez mais longe.

Próxima de lançar seu mais novo sucesso Taradinha, Lexa conseguiu quebrar a “maldição” e se tornou exceção entre tantos casos de artistas que surgiram e logo sumiram. Ela, que começou a carreira cantando em bailes no Rio de Janeiro, conseguiu, como uma fênix, ressurgir na carreira e dar a volta por cima, provando que a determinação, força de vontade e, principalmente, a capacidade de ignorar as críticas depreciativas, trazem excelentes resultados.
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