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Tim Maia: o ídolo de diversas gerações

  • Foto do escritor: Betina Scaramussa
    Betina Scaramussa
  • 8 de nov. de 2018
  • 4 min de leitura

Atualizado: 29 de jul. de 2019


Quem nunca brigou com um síndico? Quem nunca discutiu naquela reunião de condomínio? Sebastião Rodrigues Maia, o eterno Tim Maia, tem história para contar sobre esse fato. Apelidado de síndico, pelas canções de Jorge Ben Jor, ele se sentia inseguro e começou a achar que estava sendo perseguido. Em determinada ocasião, pegou seu revólver 38 e atirou contra alguns trabalhadores da empresa Light que estavam em seu prédio. Jorge então aproveitou a música ‘‘W/Brasil’’ para dar esse apelido, pois o amigo tinha uma personalidade forte e queria mandar em tudo. O fato é que anos mais tarde, ele se tornou síndico no prédio em que morava na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.


O cantor Tim Maia nasceu no ano de 1942 na cidade do Rio de Janeiro. Era o mais novo de doze irmãos. Na infância, ajudava a família a vender marmitas nas ruas vizinhas a sua casa. Desde muito pequeno, demonstrava um grande interesse para a música sendo que aos sete anos já escrevia alguns trechos musicais. Durante toda a sua vida, dedicou-se aos vários ramos da música. Sua voz era marcada pela rouquidão e com tons graves, e também ficou conhecido pelo seu comportamento.

Muito além de personalidade, Tim Maia foi um grande nome da música brasileira. Autor de mais de 30 álbuns gravados, com grandes sucessos, como Primavera, O Descobridor dos Sete Mares, Chocolate, Réu Confesso, Gostava Tanto de Você, Não quero dinheiro, o carioca estreou na música sendo baterista do grupo Tijucanos do Ritmo, coral da igreja que ficava perto onde morava. Na década de 50, iniciou o grupo The Sputniks junto com o também cantor Roberto Carlos, anos mais tarde, com o término do grupo, se une a Roberto e Erasmo Carlos e montam o grupo The Snakes. Tim Maia se muda para os Estados Unidos, onde conheceu o ritmo Soul e conheceu as influências da música negra americana. De volta ao Brasil, iniciou sua carreira so-lo e desde então, após 20 anos de sua morte, é conhecido como referência musical a todos os brasileiros.


O cantor que morreu no ano de 1998 aos 55 anos, por causa de complicações cardiovasculares, após um show no Teatro Municipal de Niterói, também era reconhecido como um dos maiores compositores. Um de seus sucessos faz menção às praias da cidade maravilhosa, Do Leme ao Pontal. Outro exemplo é Não Quero Dinheiro, que para o cantor o importante era amar e ser amado. As melodias de suas canções eram retratos da sua história de vida, ele misturava as referências aprendidas em solo estadunidense com os ritmos brasileiros. Exemplos dessa mistura podem ser vistas em Réu Confesso e Sossego.


As obras de Tim Maia marcaram a geração e inspiraram futuros músicos. Em entrevista ao site R7, alguns nomes importantes da atual música brasileira ressaltaram a importância que ele teve. O rapper Criolo, dono dos sucessos Não existe amor em SP e Boca de Lobo, afirma que pra ele que vem do rap, Tim Maia sempre foi uma fonte de inspiração musical, e também diz que não é possível contar a importância que ele teve para a cultura do país. O vocalista da banda CPM 22, Badauí, ressalta a personalidade forte do cantor, “Ele falava a verdade e o que pensava, independentemente se isso iria afetar sua carreira. Tim nunca se vendeu e isso me influenciou como artista’’, o vocalista faz menção a diversos atritos que Tim se envolveu com as gravadoras e produtores.


O dono do timbre forte e das canções que embalam diversas gerações, deixou enormes fãs. Um deles é Cássio Salles, de 55 anos, que se apresenta como cover do Tim há mais de 20 anos. “Sou ligado à música desde os sete anos, comecei cantando Paulo Diniz e gosto muito do som Soul”, afirma Cássio, que iniciou nessa trajetória por gostar desse estilo e também por ter achado um repertório no qual ele tinha se identificado. Cássio conta que quando você escuta uma música do Tim, ela te refaz, é como se fosse um elixir que te toma e recompõe. Ele ainda relata: "o público sempre me surpreende, nas apresentações eu vejo que o pessoal jovem canta quase todas as músicas, o número de fãs que ele conquistou em sua carreira é muito grande e no final dos shows o público pede bis e pelo menos mais duas ou três canções’’.


Tim Maia se apresentou nos mais diversos palcos brasileiros. Além disso, ganhou alguns prêmios como Sharp nos anos de 90, 92, 93, 95 e 97, que atualmente é o Prêmio da Música Brasileira. Ainda nesse período, o cantor decidiu lançar sua própria gravadora, a Vitória Régia Discos, em que passou a lançar suas próprias canções. Com as suas produções já consolidadas, começou a gravar músicas nos estilos Bossa Nova, Baladas Românticas, Standarts americanos e Hinos dos grandes clubes cariocas. Seu último álbum de enorme sucesso foi em 1997 com Amigos do Rei, em que interpretou grandes músicas da Bossa Nova.


Depois de anos de sua morte, o cantor ainda acumula muitos números. Segundo o seu site, na plataforma do Google, o nome Tim Maia rende mais de duzentas mil pesquisas a cada ano. Diversos músicos brasileiros regravaram suas canções, dentre eles Titãs, Marisa Monte e Paralamas do Sucesso.

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